(TRI)NTA ANOS SEM O (TRI)CAMPEÃO

 Primeiro de maio de 2024. Hoje completa-se trinta anos do fatídico acidente que vitimou o Tricampeão Mundial de Formula 1, Ayrton Senna da Silva.

Em 1994, Ayrton se preparava para correr o Grande Premio de San Marino, na cidade de Ímola, na Itália. Era a terceira prova do campeonato. A primeira foi em Interlagos, no Brasil e a segunda em Suzuka, no Japão. O brasileiro não conseguiu pontuar em nenhuma delas. Abandonou nas duas. 

Chegava em San Marino com muita responsabilidade de pontuar pela primeira vez na temporada. 

Os treinos livres foram marcados por acidentes. O primeiro com o brasileiro Rubens Barrichello. Ele bateu no primeiro treino livre realizado na sexta feira, 29 de abril. Quebrou o nariz e fraturou um braço. Mas se recuperou.  O segundo acidente foi no treino classificatório no sábado, 30 de abril. 

O austríaco Roland Ratzenberger faleceu após bater o carro na curva Villeneuve a 300km/h. O carro explodiu e o piloto de 34 anos não teve chances. As lesòes cerebrais foram a causa da morte. 

Esse acidente poderia ter evitado outra morte, ocorrida durante a corrida, no domingo, primeiro de maio: a de Ayrton Senna. 

Senna, ao ver a morte do companheiro de esporte, relutou bastante e pensou em não correr. Mas seguiu em frente. Ele carregava uma bandeira da Áustria consigo no carro. A ideia era fazer uma homenagem ao amigo Ratzenberger ao final da corrida. O que nunca aconteceu.

Na curva Tamburello,  a barra da direção da sua Willians quebrou, e o carro se chocou no muro. Muitos brasileiros que assistiam pela televisão podem se lembrar da frase do Galvão Bueno durante a transmissão:  "Senna bateu forte".

Segundo a autopsia,  uma parte da suspensão do carro perfurou o capacete e o crânio do piloto, causando a morte instantânea. 

Senna foi Campeão Mundial três vezes: 1988, 1990 e 1991. Todos pilotando a McLaren. Em 1994 se transferiu pra Willians. 

Senna morreu em Maio de 1994, aos 34 anos, no auge de sua carreira. Em julho do mesmo ano a Seleção Brasileira conquistou o Tetracampeonato Mundial, nos Estados Unidos, e homenageou o piloto brasileiro. 

E pensar que 1994 poderíamos ter mais um tetracampeão mundial. Mas o destino não quis assim.

A Culpa é do Rivaldo

 Primeiro jogo da Copa do Mundo de 2002. Brasil e Turquia se enfrentavam. O jogo era difícil. Os turcos atacavam e o placar estava inalterado. Até um escanteio para a Seleção mudar o rumo e a história do jogo e, também, de muitos outros. 

Rivaldo estava posicionado para cobrar. O jogador turco chuta a bola contra o brasileiro. A bola, claramente, bate no corpo do atleta, porém, Rivaldo, malandramente, bota a mão no rosto e finge que foi "agredido".

Naquela época não havia VAR, ok? Então, o árbitro caiu na do brasileiro e expulsou o jogador turco. Com a expulsão, o Brasil teve espaço e acabou vencendo o jogo por 2x0 e partiu rumo ao pentacampeonato.

Assim como hoje as crianças se inspiram em Vini Jr e Endrick, naquela época muitos garotos sonhavam em ser como Ronaldo "Fenômeno" e Rivaldo.

Sabem onde quero chegar com isso tudo? É que a maioria dos jogadores de hoje que simulam falta, ou forçam cartão vermelho para adversários eram futuros jogadores profissionais assistindo ao jogo da Copa do Mundo em 2002. 

Ao ver Rivaldo simular uma agressão em um jogo de Copa do Mundo, muitos garotos começaram a fazer igual.

Sim! A culpa é do Rivaldo. A cera e o anti-jogo praticado hoje, 22 anos depois daquele jogo, é resultado daquele lance.

Encontros e Despedidas

 Foi dada a largada! 

O Campeonato mais difícil e mais competitivo (esse sim, viu Sr. Adenor?) do Mundo: o Brasileirão 2024.20 clubes, 38 rodadas, 380 jogos. De abril até dezembro, sem pausa. 

Em julho teremos uma Copa América nos EUA que pode mudar o rumo de todos. Times serão desfalcados. Tem gente que vai e não volta por exemplo. O atacante Endrick, do Palmeiras, iniciou o campeonato, mas em julho se muda para Espanha. O Flamengo, com certeza, vai ter desfalque de pelo menos 5 jogadores importantes no elenco, isso se contarmos somente os estrangeiros. 

Tudo pode acontecer. Haja visto o do ano passado em que o Botafogo liderou boa parte da competição, mas perdeu o fôlego e nem vaga na Libertadores direto conseguiu. Viu o Palmeiras ser bicampeão.

O Verdão que, inclusive, busca esse ano se igualar com o rival São Paulo e conquistar o tricampeonato consecutivo. Será que vem ai?

Tem técnico que começou o campeonato e não vai terminar. O Brasileirão é uma máquina de moer treinadores. Somente Abel Ferreira do Palmeiras e Juan Pablo Voyvoda do Fortaleza se mantêm em seus cargos. O português está há 3 anos e 6 meses comandando o Verdão. O Argentino já vai para o seu quarto campeonato pelo Leão do Pici. E já recusou diversas propostas de outros times. 

A corda bamba já está montada e os técnicos começaram a andar nela. Quem vai cair primeiro? Quem vai conseguir se equilibrar até o final. 

Quem mais se destacou na primeira rodada não foi nenhum jogador ou qualquer time. Foi o homem de amarelo. A pessoa do apito. Sim. A arbitragem.

Ela roubou, com o perdão do trocadilho, a cena em pelo menos dois jogos. Vasco e Grêmio terminou com vitória cruz-maltina, mas poderia ter outro rumo se o pênalti, visto pelo VAR, tivesse sido marcado. O árbitro foi ao monitor, mas manteve  decisão de "não penal" à favor do Grêmio.

Em outro jogo, Atlético/GO e Flamengo, que poderia ter sido empate, transformou-se em vitória Rubro Negra graças ao pênalti, contestado, marcado nos acréscimos dos acréscimos. 

E no empate sem gols em Itaquera, entre Galo e Timão, ao que tudo indica, um jogador continua com licença para bater e não ser expulso. Alguém adivinha quem é?

A verdade é que o Brasileirão são 38 finais. Os três pontos conquistados ou perdidos na primeira rodada são os mesmos da última. Cada ponto fará diferença no final. 

Essa será a primeira edição em que o Santos não participará da Serie A. o Campeonato da Segunda Divisão se inicia no próximo dia 19 de abril.

A estreia do Peixe será na Vila Belmiro contra o Paysandu. Será o encontro do Vice campeão paulista contra o Campeão Paraense. 

O campeonato pode ser resumido com a música da Maria Rita que foi tema da novela Senhora do Destino:  "mande notícias do mundo de lá, diz quem fica". Um grande vai e vem, encontros e despedidas. 

Seleção do Povo

Quando Dorival Junior assumiu a Seleção Brasileira no início de fevereiro, em sua primeira coletiva, disse que iria resgatar o orgulho ferido do povo e que aquela não seria a "Seleção do Dorival", mas sim a "Seleção do Povo".

Pela frente tinha logo de cara dois amistosos contra Europeus. Inglaterra e Espanha em dois palcos famosos: Wembley e Santiago Bernanbeu.

Na convocação no início de março mesclou experiência e juventude. Velhos conhecidos de Flamengo e São Paulo, times em que comandou entre 2022 e 2023, estavam na lista: o zagueiro Fabricio Bruno e  o lateral Ayrton Lucas vieram do Rio de Janeiro e o goleiro Rafael e o meio campista Pablo Maia de São Paulo.

Além deles, outras novidades na primeira lista ficaram por conta do zagueiro Murilo e o atacante Endrick, ambos do Palmeiras. As lesões de Ederson e Alisson fizeram, pela primeira vez, depois de 62 partidas, termos a estreia de um goleiro na meta amarelinha.

Rafael do São Paulo, Bento do Atlhetico e Léo Jardim do Vasco disputavam a vaga para os amistosos. O goleiro com nome de Papa foi o escolhido. E não decepcionou.

Em Wembley saiu zerado e ainda viu o estreante Endrick marcar o gol da vitória brasileira. O garoto que, aos 17 anos, já está vendido ao Real Madrid fez história. 

Três dias depois, os comandados de Dorival foram à Madri enfrentar os espanhóis. Com uma arbitragem confusa, o empate em 3 a 3, no fim, foi um bom resultado. Mais uma vez, Endrick fez história e marcou um dos gols. 

Vale lembrar que, a partir de junho, ele trocará o Allianz Parque pelo Santiago Bernabeu. E já deu o cartão de visitas.

Mas o que se viu desses dois amistoso foi o que o técnico prometeu em sua apresentação. Resgatou o orgulho dos brasileiros e sem a famosa "muleta" que o time não joga sem Neymar.

Tanto joga como convence. 

E é ótimo que os testes dessa "Seleção do Povo" tenha sido contra Europeus. De amistoso só tinha o nome porque parecia jogos de Copa do Mundo. Nem se compara aos amistosos de seleção de bairro que tinha com o Sr. Adenor.

E também nem vou citar os jogos pífios que o Fernando Diniz comandou pelas Eliminatórias não é?

Posso estar iludido? Talvez! Mas....bom...vamos aguardar!

Aguardar e ver o que a Seleção vai nos apresentar em junho na Copa América nos EUA.  

Se a primeira impressão é a que fica, então diga ao povo brasileiro que gostei do que vi!